ENTRETANTO é um clube de relacionamento que usa a fotografia como forma de aproximação pessoal. Cri

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

2º Curso de Fotografia Entretanto - 1ºaula

Entre tantos cliques e sabores vivenciamos a vida com olhos atentos. 
por Plínio Ricardo


Certa vez li que a criatividade é uma inquietude que nos leva a progredir... acredito que momentos como os que serão vivenciados nesse curso de fotografia sejam a plataforma inicial para que pessoas que tem dentro de si a alma da criatividade, possam crescer e compartihar suas inquietudes. 

Se eu pudesse resumir o Curso de Fotografia Entretanto diria se tratar de um exercício de descoberta do olhar e aperfeiçoamento da sensibilidade artística. 

A imagem não esta limitada pela barreira dos idiomas ou da alfabetização. Você irá poder levar os conhecimentos adquiridos como patrimômnio pessoal não importa aonde for. Mesmo que não esteja com a câmera. O que ensino é ver com os olhos. 

A fotografia é um fragmento retido da eternidade. Ela nos ilude com a sensação de poder interromper o fluxo do tempo, possibilita o prazer quase voyeurístico de devassar o passado em uma janela parada, disponível e eterna. Ilude-nos com uma verossimilhança capaz de provocar a confusão da imagem com o objeto. É impossível separar a fotografia do tema fotografado, mas ela em si não é o tema. É apenas o vestígio deixado por ele no momento mágico do clique. Ao longo do curso aprendemos que todas as coisas que nos permeiam são temas esperando para serem fotografados. Não existe melhor nem pior... tudo é motivo fotográfico. 
















Os livros que li na infância e adolescência criaram em mim uma espécie de memória visual inventada. Como se pudesse ter conhecido as luzes e tons das grandes exploraçoes ou os bastidores do pensamento daqueles autores que eu tanto gostava. Apesar de já ter feito algumas viagens fotográficas, posso afirmar que por enquanto ainda nao fui muito além do jardim da minha casa, porém já conheço um bocado de mundo através dos parágrafos da literatura. Como se de repente a imagem de camponeses asiáticos semeando arroz no vietña ou a figura de um guerreiro Massai em meio ao deserto não me fossem mais estranhas. Sei entretanto, que a mesma poesia que emana nesses lugares está presente nos bastidores estáticos da nossa cidade: Brasília, obra-prima da genialidade humana que necessita de ter o cotidiano registrado. Sempre falo para meus alunos... “é preciso ver a cidade com olhos de estrangeiros”. Sempre parece mais fácil no darmos conta do belo e genuíno quando estamos deslocados de nosso habitat natural. Mas as coisas estão acontecendo ao nosso redor o tempo todo.