ENTRETANTO é um clube de relacionamento que usa a fotografia como forma de aproximação pessoal. Cri

terça-feira, 27 de março de 2012

Sobre o 10º ENTRETANTO



por Plínio Ricardo

O lado afetivo que desde a infância agrego a fotografia ganha vida a cada encontro do Projeto Entretanto assim como no sonho do menino que acreditou que conheceria o mundo com o poder de suas lentes. A câmera então, seria o alíbi para se estar ali, de peito aberto, de cara para o novo. 
Na cidade histórica de Pirinópolis nos encontramos sob a luz do entardecer para por em prática a grande vontade de estarmos juntos, entre amigos de cabeça pensante que por ora ou outra falam sério em seus assuntos de intelecto e profissão, mas na grande maioria das vezes falam sobre a vida e suas entrelinhas. A noite caiu o ponto de encontro foi o belo Restaurante Empório do Cerrado. Regados a bom vinho e saborosa comida Gourmet debatemos sobre o trabalho de Diane Arbus, fotógrafa americana que se especializou em mostrar o lado angustiado da cultura americana. Anomalias genéticas e pessoas a margem da sociedade eram presentes em suas composições. 
Falamos sobre como culturas tradicionais  são afetadas drasticamente pelos projetos missionários fundamentalistas de certas vertentes da Igreja Evangélica. Situação que pude presenciar durante meu trabalho fotográfico com a comunidade quilombola Kalunga, que tem suas tradições religiosas ameaçadas devido a crescente influência evangélica dentro de seu território, tal influência pode ser percebida até nas vestimentas. A maior força de identidade daquele povo são os costumes, que agora estão sendo condenados e aos poucos esquecidos pelos jovens. 
A Lomokino, uma filmadora analógica rudimentar, de lente de plástico, foi apresentada aos participantes. Quase uma buginganga, custa por volta de R$ 200,00 e faz imagens em movimento rodando um filme fotográfico 35mm, encontrado em qualquer loja. O resultado são filmes “Vintages” que pela precariedade estética se transforma em uma linguagem expressiva. 
No domingo desfrutamos uma tarde no Santuário Vaga-Fogo, onde caminhamos por entre trilhas de árvores altas até uma refrescante e límpida piscina natural. De volta ao Restaurante Empório do Cerrado, uma cervejinha para brindar o pôr-do-sol. Ao voltar para Brasília, estávamos certos de termos vividos na prática o conceito de “Good Time”


















































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